OS
PEIXES
Dos seres incontáveis que povoam o
mar, os que são em maior número, com formas mais variadas, com
mais belas cores e de maior utilidade para o Homem são, sem
qualquer dúvida, os PEIXES. Esta importância superior dos peixes
é tal que faz com que muitas vezes se aplique o mesmo nome a quase
todos os animais aquáticos, quando são os peixes aqueles em que há
menos razões para confusão, já que se deixam limitar melhor por
características invariáveis. A definição de Peixes, tal como os
naturalistas a adoptaram é, com efeito, clara e precisa:
"São animais aquáticos vertebrados, de sangue vermelho, que
respiram por brânquias por intermédio da água" (definição de
Cuvier e Valenciennes em 1828). Esta definição, embora
insuficiente, dava uma ideia notável, tendo em consideração os
conhecimentos da época. A definição mais actualizada chama peixes
aos vertebrados Anallantoideos que vivem na água, respirando o ar
dissolvido pelas brânquias - têm apenas duas cavidades no coração
(uma aurícula e um ventrículo) que corresponde ao coração venoso
dos vertebrados superiores e cujos membros, quando existem, estão
transformados em barbatanas (sustentadas por ossos particulares e
não por pregas de pele como os batráquios).
Têm formas
admiravelmente adaptadas à deslocação na água, designadamente o
corpo fuseiforme. A cabeça é tão grossa como o corpo, sendo o
limite desta indicado pelas fendas branquiais e o anûs o limite do
corpo em relação à cauda. A pele é nua ou quase nua, quase sempre
coberta de protecções particulares, as conhecidas escamas,
colocadas em série de lâminas como as telhas dos telhados ou, no
caso dos esqualos, coberta por pequenos grãos (scutellos).
O cérebro é
composto, de uma maneira geral, por uma série de lóbulos que
formam uma espécie de rosário duplo - os lóbulos situados na parte
anterior são os lóbulos olfactivos - e o cérebro propriamente
dito, composto por dois hemisférios - os lóbulos formam o cérebro
anterior ou prosencephalo e os hemisférios o cérebro médio ou
mesencephalo - a seguir têm o cerebelo, com uma cavidade a que se
segue a medula alongada, com pequenos tubérculos, muito
desenvolvida em relação ao cérebro.
Devido ao
ambiente em que vivem, os peixes têm o
cristalino volumoso e mais ou menos esférico -
a córnea é quase plana e muito mais espessa nos bordos que no
centro - a pupila é longa e pouco contráctil e os olhos são
grandes e movediços. (nos esqualos existe uma pálpebra inferior
movediça). A visão não é o forte dos peixes mas é suficiente no
ambiente aquático! No entanto as espécies predadoras possuem uma
óptima visão. O olfacto... bem, a capacidade de sentir o cheiro
das substâncias na água é também muito apurada e varia
inversamente com a visão
- i.e.
menor olfacto = maior visão e menor visão = maior olfacto.
Quanto ao
ouvido...não têm ouvido externo nem médio - o aparelho auditivo
está reduzido ao ouvido interno, composto por um labirinto
membranoso com três canais semi-circulares e um vestíbulo, mas é
extremamente eficaz, podendo captar vibrações sonoras a
quilómetros de distância.
Como possuem um
sistema nervoso, embora rudimentar, (o cérebro-espinal - ligado
por uma cadeia de gânglios - grande simpático), são sensíveis à
dor e a outros estímulos - a maioria dos peixes possuem de cada
lado do corpo uma linha de escamas com uma eminência alongada,
onde terminam ramos nervosos, designada por linha lateral, que é
um orgão de tacto, dando ao animal indicações sobre o estado do
meio que o rodeia - apercebe-se da velocidade das correntes
aquáticas e regula a sua própria velocidade de deslocação,
sentindo também qualquer movimento na água em ambos os lados do
seu corpo.
A
CONSERVAÇÃO DO PESCADO
O
PEIXE NA ALIMENTAÇÃO
COMO
SALVAR UM PEIXE VÍTIMA DE DESCOMPRESSÃO
TAMANHOS
MÍNIMOS DE CAPTURA
PORTUGAL
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