CARAVELA
PORTUGUESA ou GARRAFA AZUL
Caravela
Portuguesa ou Garrafa Azul (Physalia physalis) é um animal do
grupo dos cnidários (anémonas, hydras e corais), de cor azul,
rosa, violeta ou vermelha, que flutua na água ao sabor do
vento e das marés, porque não tem movimento próprio e aparece
em todos os mares tropicais e temperados. O seu corpo é
formado por uma carapaça (o flutuador, que é a única parte
visível de fora da água) cheia de um gás onde predomina o
nitrogénio, e que atinge os 30cm. Logo abaixo desta carapaça
há um aglomerado de pólipos de onde saem os tentáculos
(filamentos), revestidos por células venenosas urticantes (cnidócitos)
que podem ultrapassar os 30 metros e que são utilizadas para a
captura de peixes, moluscos e outros destinados à sua
alimentação. São estes tentáculos, com milhares de pequenos
dardos directamente ligados a cápsulas contendo veneno (neurotoxinas)
que, ao serem tocados, injectam o veneno nas presas.
Reino: |
Animalia |
Filo: |
Cnidaria |
Classe: |
Hydrozoa |
Ordem: |
Siphonophora |
Família: |
Physaliidae |
Género: |
Physalia |
Espécie: |
P. physalis |
Nas suas
deambulações sem rumo, a caravela portuguesa por vezes
aparece junto à costa e mesmo nas praias, tanto na água como
na areia, constituindo um perigo real para as pessoas. Para
os banhistas, mesmo alguns fragmentos da caravela portuguesa
encontrados na areia, ao sol, podem ser perigosos, pois
basta basta um pequeno toque para que o veneno se propague.
A dor provocada pelo contacto com a caravela portuguesa é
intensa e semelhante à de uma queimadura, a que se segue um
misto de ardor e comichão, náuseas e espasmos, que serão
tanto mais graves quanto maior for a área de contacto. A
lesão passará depois a ter o aspecto de uma queimadura por
ácido.
Sempre que aconteça a
infelicidade de ser tocad por uma caravela portuguesa a
vítima deverá dirigir-se a um hospital. Para o socorro
imediato deve lavar-se a parte afectada com vinagre ou, em
alternativa, com água do mar, cobrindo-se a seguir a lesão
com areia fina ou pó de talco, sem esfregar. Passar depois
uma faca (do lado oposto à lâmina) pelo local como se estive
a barbear para retirar os dardos espetados na pele - nunca
utilizar água doce ou álcool pois estes aumentam a
libertação do veneno
Estes animais, assim como as
alforrecas, fazem parte da dieta alimentar das tartarugas
marinhas, que são completamente imunes ao seu veneno. Os
sacos de plástico atirados para o mar constituem uma
armadilha mortal para
as tartarugas, que os ingerem, confundindo-os com
alforrecas.
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