Ao estudar os hábitos alimentares das
diferentes populações, a comunidade médica internacional verificou que a
alimentação dos países costeiros do Mediterrâneo tinha níveis
reduzidos de colesterol no sangue e uma baixa incidência de doenças
cardiovasculares nos povos mediterrânicos, em comparação com os habitantes
da América do Norte e da Europa Central.
É uma dieta baseada em alimentos
de origem não animal – como as massas, o arroz, os legumes, os vegetais
frescos, a fruta fresca para sobremesa e o uso intenso de azeite como
fonte principal de gordura, bem como quantidades moderadas de vinho tinto
às refeições, e o uso frequente de peixe, com as suas gorduras
insaturadas, que provocam a descida dos níveis de colesterol plasmático (LDL
»low density lipoproteins« - o colesterol
mau), com a consequente protecção em relação às doenças cardiovasculares e
a algumas formas de cancro.
O HDL »high density
lipoproteins« é considerado o "colesterol bom" pois é utilizado
pelo organismo para expulsar os lípidos da corrente sanguínea - tem,
portanto, uma função protectora, sendo o consumo de peixe uma das
formas de fazer subir o seu nível.
Assim, a principal forma de combater o aumento
de colesterol (hipercolesterolémia) ,é a
alimentação correcta e inteligente:
● redução da
quantidade de gorduras
● redução
acentuada das gorduras saturadas (carne, manteiga, ovos e vísceras)
● utilizar
preferencialmente gorduras vegetais (são mono ou poli-insaturadas)
● aumentar o
consumo de vegetais (saladas, legumes e fruta)
● aumentar o
consumo de cereais (pão integral e preparados ricos em fibras)
●
AUMENTAR O CONSUMO DE PEIXE
Este tipo de alimentação deve ser
complementada com o combate ao sedentarismo (prática de algum desporto ou
actividade física) e correcção de atitudes e comportamentos de risco
(tabaco, alcool, stress). Em casos mais complicados pode impor-se
terapêutica farmacologica
.
O peixe é uma excelente fonte de proteínas completas, ferro e outros
minerais, além de conter os ácidos Omega-3, fósforo, iodo, magnésio,
cálcio e as vitaminas A, B, D, E e K , componentes responsáveis pela
enorme lista de benefícios à saúde que o seu consumo nos traz, sendo
aconselhável pelo menos três refeições de peixe por semana. A carne de
peixe é macia e facilmente digerível, embora tenha quase a mesma
percentagem de proteínas que a carne dos mamíferos e aves.
Em média, 150 gramas diários
de peixe fornecem as proteínas necessárias a um adulto de peso médio.
O consumo regular de peixe:
•
Diminui o desenvolvimento de doenças do coração e aterosclerose;
•
Em idosos, diminui o risco
de desenvolvimento da doença de Alzheimer e outros tipos de demência, ao
reduzir a inflamação do cérebro e ajudar no desenvolvimento cerebral e
na regeneração das células nervosas;
•
Provavelmente por motivos semelhantes, proporciona um melhor desempenho
escolar às crianças, ajuda a aliviar os sintomas de depressão, como
tristeza, ansiedade
e problemas no sono;
•
Tem influência no controle
da pressão arterial;
•
Colabora na coagulação do sangue;
•
Alivia os sintomas da artrite reumatóide;
•
Protege a pele contra raios UV e inflamações.
A gordura esta dispersa por
toda a carne e pele
Os peixes têm geralmente mais água e
menos gordura do que a carne, mas o valor nutritivo das suas
proteínas é idêntico. A sua gordura é na maior parte, insaturada.
Um caso curioso, é o dos caranguejos, que têm uma composição
semelhante à dos peixes mais gordurosos (salmão, arenque, sável,
sardinha, cavala, corvina e pargo), por isso podem incluir-se no
mesmo grupo dos peixes gordos. Estes peixes gordos comparam-se às
carnes mais gordurosas em relação ao seu grau de digestibilidade.
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A gordura está praticamente
confinada ao fígado
O bacalhau contém apenas
1% de gordura porque armazena a gordura no fígado (o óleo de
fígado de bacalhau), e a solha e o linguado são peixes com baixo
teor de gordura (1 a 2 % do seu peso). No lado oposto temos o
arenque, o salmão, a sardinha, o atum e a cavala, que na altura da
desova podem chegar a ter 25% de gordura.
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