|
POLVO

Um
isco dos que menos se ouve falar, talvez por ser
caro e, muitas vezes, cair melhor no prato! Mas
para quem tiver possibilidades de experimentar,
aconselho-o a tentar!
Na região onde pesco, como sabem, na Costa
Vicentina, durante uma maré é muito frequente ver
muita gente local a percorrer as rochas na maré
baixa, com o seu puxeiro, para apanhar algum polvo
lá escondido. Daí a muitas vezes esse pessoal
nunca ter falta de polvo na sua arca congeladora,
e não fazer muita diferença tirar um mais pequeno
de vez em quando para utilizar numa pescaria. A
parte que é utilizada para iscar é o raio, ou
perna, do polvo. No entanto, é necessário fazer
uma preparação:
- Cortar individualmente cada um dos raios do
polvo.
- Retirar todos os seus tentáculos e peles
exteriores, de modo a ficar apenas um "filete"
comprido completamente branco.
- Pode ser congelado de seguida.
Na sua iscada, deve cortar-se ao meio com uma
faca/navalha, numa superfície lisa, o raio do
polvo, que fica assim dividido em 2. De seguida,
corta-se um bocado cujo tamanho se ajuste ao do
anzol. Na superfície lisa, deve de seguida
bater-se algumas vezes ao longo da tira de polvo
com a parte grossa da faca/navalha e modo a
amolecer o mesmo, até ficar com uma textura
próxima da pastilha elástica. A tira de polvo deve
ser espetada no anzol, e levada inicialmente para
lá da patilha do anzol, ficando sobre a linha do
estralho. Dá-se uma volta e repete-se a
experiência 2 ou 3 vezes. Depois basta ir compondo
o anzol o que resta da tira, sempre dando um volta
antes de espetar novamente no anzol.
Vantagens: A sua durabilidade; aguenta muito tempo
dentro de água sem se desfazer; o peixe mais
pequeno tem dificuldade em retirá-lo do anzol; Não
é necessário fio elástico para segurar; pela sua
resistência, é indicado para mares bravos e /ou
lançamentos longos, logo pode ser utilizado no
surfcasting, preferencialmente no Inverno; Muito
utilizado também à noite;
Alvos: é um isco para capturas decentes, grandes
sargos e robalos. À noite nunca se sabe quando um
safio anda fora da toca.
Jorge Ponte
BIBI, TITA OU SALSICHA

Ora
aqui está um isco de excelência mas só para peixe
graúdo, pois o peixe pequeno normalmente não lhe
toca. Um anelídeo muito rijo, originário da Ásia,
mas que se encontra já disseminado por Portugal, e
cujo tamanho pode chegar aos aos 25cm de
comprimento.
Douradas, sargos grandes e robalos não lhe
resistem. Excelente para o surfcasting devido à
sua resistência, obtém também muito bons
resultados na pesca embarcada
e rockfishing.
Aguenta bem até
uma semana no frigorífico e, se for congelado
(preferencialmente em água do mar) estará sempre
pronto e em boas condições para ser utilizado.
Para iscar pode
ser utilizado inteiro (mais pequenos) ou cortado longitudinalmente em tiras. É
conveniente usar o elástico para prender.
Voltar a iscos
|